sábado, outubro 01, 2011

Caio F.


Estou seguindo ... olhando para o horizonte ...
procuro dentre as folhas que caíram  no outono a paz,
e o amor entre as flores e as cores da primavera que a pouquissímo chegou ...
Ainda estou perdida entre o outono e a primavera de mim mesma , é tempo de deixar florescer ... mas ainda não sei si estou pronta.
Quando sopra o vento nas noites ainda frias, busco no infinito uma razão , só uma razão pra continuar, e seguir ... e confesso; as vezes tenho medo.
Nos meus passos timidos ... descubro que as nuvens do céu,
 podem ser tão ou mais duras aos pés que as pedras no caminho.
Sinto uma brisa ... um vento húmido que me báscula de um lado a outro.
Digo a mim mesma ... que tenho que seguir ...
Procuro abrigo dentro das coisas que me causam saudades ...
Mas nem tudo é flor e nem todas as memórias são doces.
Existe um buraco ... cravado no meio do meu existir ...
Um buraco negro ... que me chama ... e vai me seguir.
Então eu pego a minha fé ... a minha grande fé ...tiro ela de dentro do meu peito e digo  em voz alta, pra ecoar dentro de mim ; "vou atravessa-lo" ... nem que seja necessário ... um par de asas para voar.
E a minha fé ... a minha grande fé em me reconstruir no meu próprio imaginário ; ahhh esta me faz voar ... e então alcanço o infinito da minha paz ... da minha reserva de paz.
Me reinvento todos os dias ... numa constante roda ... de vá e vens.
O mundo não para ... eu não paro ... você segue ... eu sigo e a vida certamente seguirá o seu curso.
Descubro ... que toda força lançada ao vento ... volta ... em turbulentas memórias.
Sou brisa ... sou vento ... e as algumas tempestade em mim mesma, pago pelas minhas escolhas. Certas vezes a moeda a ser paga é a dor e em outras um sorriso de paz ...
É confuso o que sinto ... só sei que sigo andando ... sabe lá Deus pra onde ...

Leiliane Schmutz

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